A sabedoria das Fábulas - A Paz Perfeita

16-05-2020

"Em tempos, um rei bondoso publicou um concurso em que oferecia um grande prémio ao artista que fosse capaz de captar numa pintura a paz perfeita. Naturalmente, muitos artistas se candidataram. O rei observou e admirou todas as pinturas com cuidado, mas apenas duas realmente chamaram a sua atenção.

A primeira era uma verdadeira paisagem. Na imagem, havia um lago tão perfeito que parecia um espelho onde se refletiam plácidas montanhas que o rodeavam. Sobre as montanhas, um céu azul com discretas nuvens brancas. Todos os que olhavam para essa pintura sentiam uma paz instantânea.

A segunda pintura também tinha montanhas, mas estas eram rochosas e estavam despidas de vegetação. Sobre elas havia um céu revolto e cinza, do qual se precipitava uma forte tempestade com relâmpagos e trovões. Montanha abaixo, parecia descer uma turbulenta torrente de água. À primeira vista, nada disso parecia pacífico.

No entanto, quando se observava atentamente, atrás da cascata havia um arbusto crescendo da fenda de uma rocha. Nesse arbusto podia-se ver um ninho. E ali, em meio do ruído e da violência da cena, estava um passarinho calmamente chocando os seus ovinhos prestes a darem vida. 

Esta foi a pintura escolhida pelo rei, que explicou:

"Paz não significa estar num lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo ou sem dor. Paz significa que, apesar de estar no meio de tudo isto, o nosso coração deve e pode permanecer calmo. Este é o verdadeiro significado da paz, a PAZ PERFEITA".

© 2020 Elisabete Araújo | Formação & Consultoria
Desenvolvido por Webnode Cookies
Crie o seu site grátis! Este site foi criado com a Webnode. Crie o seu gratuitamente agora! Comece agora